Outro dia, enquanto a maioria dos sites ainda brigava com a taxa de abandono de carrinho, o Google apareceu com um sorrisinho no canto da boca e disse:
“Então… não precisa mais de checkout.”
Sim. Você leu certo.
Na conferência I/O 2025, o Google anunciou que agora a IA deles, o tal do Gemini, vai ser capaz de comprar por você direto da busca.
Sem entrar no site. Sem clicar. Sem pensar muito.
Você digita “cadeira ergonômica” no Google e pronto.
A IA compara preços, verifica avaliações, checa o frete, escolhe a melhor opção, paga.
Você só recebe o aviso: Pedido confirmado.
E aí bate a pergunta
Se a compra inteira acontece antes do clique, pra que serve o seu site?
O que está acontecendo aqui é mais profundo do que parece.
Não é sobre tecnologia.
É sobre como a experiência de compra está saindo das nossas mãos. Literalmente.
O novo modelo de compra
- O cliente agora não percorre mais um funil.
- Ele nem entra. A IA já resolve tudo.
- Não tem mais cor de botão.
- Não tem mais página de produto otimizada.
- Não tem mais pop-up com 10% de desconto.
- Não tem mais desculpa pra não converter.
Porque nesse novo modelo, o agente compra. O humano só aprova.
E a briga deixa de ser por clique ou tráfego.
Agora a disputa é por relevância, por contexto, por ser o escolhido mesmo sem estar em destaque.
O jogo virou algoritmo puro.
Quem for mais útil, mais claro, mais integrado, vai vencer.
Exemplos do mercado
- A OpenAI trouxe a CEO da Instacart.
- O Perplexity já tem pagamento direto no chat.
- Visa, PayPal, Stripe… todo mundo correndo pra se adaptar a esse tal de comércio agêntico.
E os e-commerces?
Não vão sumir. Mas vão ficar nos bastidores, respondendo pedidos de agentes inteligentes.
Seu site continua online. Mas sua influência no processo nem tanto.
O desafio agora é
Você está pronto pra vender pra uma inteligência artificial?
E antes que alguém ache que isso tudo é só pra quem vende produto físico…
Spoiler: não é.
Essa lógica vai impactar também quem vende serviço, solução personalizada, consultoria, experiência.
O agente não quer saber se você tem um deck bonito ou uma página institucional com efeito parallax.
Ele quer dados.
Relevância.
Reputação digital.
E resposta rápida.
Então sim, ter um site ainda é importante.
Mas um site funcional, estruturado, conectado e integrado.
Mais do que isso: ter presença digital real, atualizada, clara, com autoridade.
Isso vai pesar na hora da IA decidir se você aparece… ou nem entra na conversa.
A nova pergunta
No fim das contas, a pergunta mudou.
Não é mais quem quer comprar de você.
É: quem vai escolher você pra oferecer a resposta.
